Um certo dia, um rapaz que tinha uma vida totalmente comum, sem muitas aventuras, decidiu dar fim a sua sem graça existencia. Nosso personagem não era conhecido entre as pessoas do bairro como um cidadão muito corajoso, pelo contrario, coragem não era seu forte. Era um rapaz com pouca beleza e nenhuma vaidade, não tinha amigos e namorada, teve apenas uma em sua adolescência, que logo o trocará por outro. Um rapaz honesto, mas sem muitos atrativos tinha como companheira apenas a solidão. Ele não queria mais continuar fazendo parte desse mundo, se sentia sem motivos pra viver.... ~Considerava-se rejeitado pela sociedade e explorado pelo capitalismo.
Sempre fora muito estudioso, mas como era muito tímido não tinha a coragem necessária pra bater milhares de vezes na mesmo porta pra conseguir uma oportunidade. Trabalhava todos os dias, muitas horas, bem mais do que deveria e nunca recebera nenhum reconhecimento.
Nesse dia, já cansado de tudo resolveu dar um basta a esse nada que era a sua vida. Porém pensou que não deveria morrer sem ser notado como ocorrera durante toda a sua existência. Então planejou tudo, pegou todas as economias que guardará durante toda vida e alugou um avião, desses pequenos, para um vôo panorâmico sobre a cidade.
Lá estava ele, na porta olhando e se admirando como tudo era pequeno visto de cima. Os seus problemas, suas frustrações, suas desilusões ... tudo estava tão longe agora. Teve medo de se lançar ao céu... o dia estava tão lindo, mas pensou que deveria ter coragem e pulou....
Teve a sensação de estar voando.... o vento batendo no sue rosto... Liberdade... era uma liberdade e um poder que nunca havia experimentado durante toda a sua vida...
Ele sentia felicidade... Porem a proximidade do solo o fez lembrar que não estava voando e sim caindo... Por um instante nosso herói se arrependerá do pulo da morte e pensou no por que nunca havia ousado durante a vida. Procurou afastar esse pensamento, e antes de atingir o solo, olhou mais uma vez pra o céu e agradeceu por aquele momento, pois se ele não tivesse desejado deixar a vida jamais teria experimentado tamanha felicidade.
Estranho como em toda vida uma pessoa possa ter sentido o gosto da felicidade apenas momentos antes de morrer. As vezes penso quanto desse personagem existe dentro de todos nós... Sempre fazendo planos e adiando a vida... Depois de dado o pulo da morte não adianta mais nos arrependermos do que fizemos ou não fizemos... Temos que ter momentos incríveis, atingir a felicidade extrema, agora, para nos lembramos dela sempre... e quando chegar a hora de partir termos a certeza de que nossa existência valeu a pena.
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